O Sindicato de Polícia Pela Ordem e Liberdade (SPPOL) emitiu um comunicado para “manifestar indignação, revolta e estupefação pela violação dos Estatutos da PSP, no que toca ao emprego de recursos humanos nas Jornadas Mundiais da Juventude”.
O SPPOL afiança que “o Comando Distrital de Coimbra da PSP está a empenhar polícias na JMJ, no serviço operacional, que se encontram em serviços moderados internos e desarmados (por recomendação médica) por motivo de doença, uma vez que não estão em condições de realizar o serviço operacional no dia-a-dia”.
“Trata-se a nosso ver de um tratamento desumano e que não respeita o polícia na sua dignidade humana, nem a decisão médica que lhe impôs essa limitação. É caso para perguntar. Será que com a vinda de sua Santidade ao nosso país, a PSP prevê um milagre antecipado e a cura destes profissionais no início da visita ficando estes na plenitude das suas capacidades para levar a cabo as suas funções”, questiona a organização sindical.
O sindicato também lamenta que sejam colocados elementos da Escola Prática de Polícia recém formados, desarmados e sem a experiência profissional, a realizar o serviço operacional, num teatro de operações de enorme envergadura, que envolve perigos imprevisíveis, como um ato terrorista isolado para o qual nem sequer possuem uma arma de fogo para reagir a uma eventualidade dessa natureza.
Por último, considera que a deslocação e remuneração dos polícias direcionados de outras zonas do país para Lisboa são indignas, pois somente lhes será fornecida uma refeição, tendo que pagar as restantes. O alojamento é pago e em locais afastados do evento, implicando deslocações diárias, sendo este deduzido da diligência!
“É inaceitável o tratamento que está a ser dado aos profissionais pela instituição, os polícias merecem no mínimo dignidade e um pagamento adequado pelo esforço acrescido pela realização de mais horas de trabalho, pelo corte de férias, corte de folgas, com prejuízos inevitáveis em toda a sua estrutura familiar. Não nos conformamos. É inadmissível os polícias quase suportarem as despesas do seu bolso para trabalharem num evento privado da igreja”, conclui o SPPOL.